Taxa Selic está em 6,5% ao ano, o que muda para você?

A coluna Economia é escrita por Alberto Savioli, economista com pós graduação em gestão pela USP
A coluna Economia é escrita por Alberto Savioli, economista com pós graduação em
gestão pela USP

A Selic é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, lastreadas em títulos públicos federais. A sigla Selic é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Este ano, a taxa Selic está em 6,5%, o que, em princípio, nada muda para o pequeno investidor e para os tomadores de empréstimos nos bancos, pois não há movimento nos grandes bancos de baixa nas taxas de juros.

Os grandes bancos não tem a mínima intenção de baixar as taxas de juros praticadas, haja vista os lucros astronômicos apresentados nos últimos anos.

Isso ocorre pois não há concorrência, sendo que os bancos estatais, que deveriam servir de instrumentos econômicos para fomentar o pequeno e médio consumidor, praticam taxas de juros iguais a seus concorrentes, isto está demonstrado nos resultados apresentado em seus balanços:

– O Banco do Brasil lucrou R$ 11 bilhões em 2017, um resultado 37% acima do registrado em 2016, de R$ 8 bilhões.

– A Caixa teve lucro líquido contábil de R$ 12,5 bilhões, 202,6% superior ao registrado em 2016.

O que deve ocorrer com a baixa da taxa Selic é que o grande investidor começará a mudar o foco e passará a investir na produção e não mais deixará seu dinheiro no banco, onde a remuneração passa a ser cada dia menor.

Além de melhorar para o governo, que terá sua dívida interna diminuída, à medida que passa a pagar menos juros.

A dica continua valendo, para sempre que for contrair um empréstimo, avalie todas as hipóteses, geralmente os empréstimos com garantias reais possuem as taxas mais baixas.

Outra dica para levar em consideração são os consórcios, mas lembre-se, no ato da adesão de uma cota de consócio você é visto como investidor, pois não precisa comprovar nada para entrar no grupo. Mas quando tiver que retirar a carta contemplada, seja por lance ou por sorteio, a administradora irá avaliar sua capacidade financeira para retirar o bem, pois seu status mudou de investidor para devedor.

O mercado financeiro e suas particularidades, as regras sempre serão muito diferentes para quem é investidor e para quem é tomador.

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