A Coluna Meio Ambiente é escrita por Valquiria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista
Quando o assunto é água, todo mundo tem uma opinião formada. Fala-se em falta de recursos, de investimentos e de conscientização. Vivemos em um país privilegiado por recursos naturais. No Brasil, temos a maior quantidade de reserva de água doce da Terra. São 12% do total mundial.
E que a cada dia são degradados, mal cuidados, arrancados de sua origem para se transformarem de forma gananciosa em lixo, em garrafas pet, em esgoto, em vazios que jamais conseguiremos recuperar. Faltam políticas públicas mais rigorosas para que possamos preservar ainda o que resta de nossos mananciais.
Uma pena que o homem não aprenda com a história. O homem lança a sua sorte e vive como se não houvesse amanhã. O que importa é o que faço agora. Dá um dó observarmos os nossos córregos, os nossos rios, as nossas praias servindo todos os dias como depósito de lixo.
Um país tão rico por natureza e tão pobre quando se trata de educação. Quando vejo na rua alguém jogando um papel fora do cesto de lixo, tenho certeza que aquele cidadão não se importa com o planeta.
E quem se importa? E quem cuida? Quem são os guardiões das águas? Dados apontam que mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo sofrerão escassez de água.
Outro dado alarmante é que 40% da população mundial não têm acesso a serviços de saneamento básico. O que aumenta diretamente os índices de mortalidade infantil: cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a falta de saneamento básico.