A BorgWarner anunciou que as baterias de íons de lítio utilizadas em veículos elétricos comerciais podem passar por reparo em sua unidade localizada em Piracicaba (SP). O processo é realizado em estrutura equipada para oferecer assistência técnica, manutenção e validação do funcionamento dos sistemas, que voltam a ser utilizados após aprovação em testes.
O Sistema de Baterias 9 AKM, desenvolvido pela companhia, pesa cerca de 600 kg, mede 1890 x 726 x 310 mm e oferece 98 kWh de energia instalada. O conjunto é destinado a veículos comerciais eletrificados e produzido no Brasil. O diferencial é a possibilidade de reparo local, o que reduz a necessidade de substituição completa e permite maior aproveitamento do produto.
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De acordo com a empresa, o serviço conta com equipamentos de carga e descarga para garantir segurança durante a avaliação e com uma área dedicada de pós-venda. Técnicos especializados utilizam ferramentas de rastreamento para identificar inconsistências nas células e componentes da bateria.
Atualmente, a disponibilidade de reparo está vinculada ao contrato de garantia. Entre os serviços realizados estão a substituição de módulos defeituosos, que ocorre quando há falhas nas células ou sensores de temperatura; manutenção dos componentes do Sistema de Gerenciamento da Bateria; e substituição da placa de controle do Circuito Supervisório da Célula. Quando apenas a placa é trocada, o módulo original é mantido, preservando parte do sistema.
O procedimento segue protocolos de descomissionamento que envolvem a completa desenergização da bateria, isolamento elétrico e manuseio com equipamentos de proteção. As práticas adotadas buscam reduzir riscos para os profissionais envolvidos e impactos ambientais.
Após os reparos, as baterias passam por processo de validação semelhante ao de sistemas novos. Nos bancos de testes da fábrica, os conjuntos são submetidos a avaliações estáticas e dinâmicas que simulam as condições de operação em veículos comerciais. Esse processo assegura a preservação das funcionalidades e a segurança para o retorno ao uso.
Materiais que não podem ser reaproveitados são encaminhados para reciclagem. Segundo a BorgWarner, as baterias têm taxa de reciclabilidade superior a 95%. As células seguem para empresas especializadas, enquanto os demais componentes acompanham o fluxo industrial de reciclagem já existente.
A empresa afirma que a reparabilidade dos sistemas contribui para a redução de custos e para a circularidade dos recursos. Além disso, ao realizar reparos no Brasil, diminui-se a necessidade de envio de componentes ao exterior, acelerando o atendimento de clientes do setor de transporte e logística que utilizam veículos eletrificados em suas operações.
Com a ampliação da frota de veículos comerciais elétricos no país, a oferta de serviços locais de reparo e manutenção de baterias representa um passo na estruturação da cadeia de suporte necessária para a consolidação da mobilidade elétrica.