Com foco na segurança dos ocupantes do veículo, Continental fala sobre montar os pneus na roda incorretamente. Segundo a empresa, por parecer uma operação simples, alguns cuidados básicos podem ser a diferença entre rodar tranquilamente por milhares de quilômetros ou enfrentar problemas desnecessários.
De acordo com Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental, a montagem de um pneu em uma roda envolve uma série de cuidados para evitar danos que podem comprometer a segurança do veículo. Ele lembra que os problemas podem surgir em razão de fatores como ausência de uma lubrificação correta, emprego de equipamento inadequado, procedimentos errôneos e até mesmo do uso de uma roda danificada.
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“Uma lubrificação deficiente, seja pela utilização de um lubrificante de qualidade inferior ou pela aplicação de uma quantidade insuficiente do produto, afeta diretamente o processo de montagem e desmontagem dos pneus, podendo causar danos irreversíveis”, alerta o especialista. Se a lubrificação for insuficiente, ela dificultará a passagem dos talões pelos humps da roda, nome técnico dos relevos de encaixe e assentamento do pneu.
“Em situações extremas, o pneu pode sofrer um corte na região da unha do talão (bead toe), viabilizando a entrada de ar por entre as camadas de suas laterais e formando uma grande bolha impossível de não ser notada. E, o pior, é que essa bolha, inevitavelmente, se romperá com o tempo”, detalha Rafael Astolfi.
Continental fala sobre montar os pneus na roda incorretamente
O emprego de lubrificantes à base de vaselina mineral é outro detalhe importante que precisa ser evitado a todo custo, pois o produto não só ataca a borracha que envolve os talões como também não seca ao longo do tempo, permitindo que os pneus girem nas rodas em situações de frenagem.
Atenção especial deve ser dada aos procedimentos de montagem, pois é muito importante que os talões do pneu sejam posicionados corretamente dentro do rebaixo da roda. Caso contrário, pode ficar difícil para o talão passar pelo frange da roda, o que também pode ocasionar um corte na unha do talão. “Isso é mais comum em máquinas automatizadas de montagem, pois elas não contam com um operador auxiliando no encaixe”, explica Rafael Astolfi.
Para ele, outro problema no processo de montagem do pneu na roda é o emprego de equipamento inadequado. “Pneus do tipo runflat e de perfil muito baixo demandam máquinas dotadas de equipamentos especiais para montagem, pois o uso forçado de máquinas comuns e de barras de ferro é capaz de danificar seus talões, que podem amassar, e as laterais, que podem ser esmagadas”, chama a atenção o especialista da Continental.
Por fim, Rafael Astolfi lembra que, embora rodas de diâmetro 16.5’’ sejam raras no mercado brasileiro, elas são um bom exemplo de como o casamento entre a roda e o pneu deve ser harmônico. “Ao forçar a montagem de pneus em aros maiores, pode-se romper o fio de aço que compõem o núcleo do talão”, enfatiza. Astolfi observa ainda que insistir em usar aros danificados ou com oxidação, por exemplo, pode aumentar o atrito na hora da montagem de tal forma que nem o lubrificante é capaz de viabilizar a passagem dos talões pelos humps, causando um efeito similar ao da falta de lubrificação.
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https://revistafreteurbano.com.br/noticias/continental-explica-o-desenho-dos-sulcos-dos-pneus/