O Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) lançou nesta semana o Guia Prático de Segurança na Compra Online de Peças de Reposição, com o objetivo de orientar consumidores, fabricantes, distribuidores e plataformas de e-commerce sobre os cuidados e exigências legais no comércio digital de autopeças. A publicação é gratuita e está disponível no site oficial do IQA.
O material foi desenvolvido pelo Grupo de Transformação Digital da Comissão Técnica da Qualidade (CTIQA) e conta com a colaboração de entidades do setor automotivo, como Anfavea, Abipeças-Sindipeças, montadoras, distribuidores e órgãos reguladores. O guia responde ao crescimento expressivo do comércio eletrônico de autopeças no Brasil, que enfrenta desafios como falsificações, peças sem certificação compulsória e riscos à segurança veicular.
Entre os principais pontos abordados estão a necessidade de comprovação da certificação compulsória, padronização das informações nos anúncios e combate à comercialização de peças recondicionadas sem requalificação legal. O material também destaca a importância de canais de denúncia, fiscalização e campanhas educativas para evitar fraudes.
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Segundo dados da OLX, em 2023, mais de 91 mil brasileiros sofreram golpes em transações online de veículos, resultando em perdas de R$ 2,7 bilhões. Já o Portal da Autopeça apontou um aumento de 40% nas tentativas de fraude no e-commerce automotivo no primeiro semestre de 2024, especialmente durante o horário comercial.
O Guia do IQA classifica os riscos em três categorias:
- Alto risco de acidentes: amortecedores, pastilhas de freio, bombas de combustível.
- Redução da vida útil do veículo: pistões, anéis de trava, bronzinas.
- Baixa durabilidade/impacto no consumo: lâmpadas, baterias, buzinas.
O superintendente do IQA, Alexandre Xavier, reforça que plataformas online devem exigir o número de registro no Inmetro e remover anúncios de produtos que apresentem risco físico ou ambiental. Ele defende ainda que a certificação de vendedores e a fiscalização ativa dos órgãos reguladores são medidas fundamentais para a segurança do consumidor e para a integridade do mercado.