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Baús refrigerados: frescor na mesa de casa

Indicados para cargas resfriadas e congeladas, implementos frigoríficos ou isotérmicos, para cumprirem bem sua função, exigem cuidados de manutenção por parte dos transportadores

Texto: Carolina Vilanova  | Fotos: Divulgação

Transportar alimentos e produtos perecíveis não é tarefa fácil. Imagine que esse tipo de carga deve chegar fresquinha ao seu destino, na maioria das vezes um estabelecimento comercial, e depois terminar sua jornada na mesa da sua casa, para servir sua família com qualidade e sabor. Para isso, nada mais adequado do que um baú refrigerado para fazer o transporte.

O transporte de perecíveis demanda o implemento refrigerado, pois requer maior cuidado para não sofrer deterioração ou composição, exigindo assim, condições especiais de temperatura e arejamento para manutenção de suas características orgânicas.

Existem empresas especializadas em fabricar esse tipo de implementos, chamados de frigoríficos ou isotérmicos, que na verdade são dois tipos diferentes de produto, cada um para um transporte específico, mas que seguem as mesmas regras na fabricação e na devida manutenção por parte do transportador. Escolher o implemento correto para o produto é essencial para manter a sua qualidade.

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Emilio Medeiros, diretor Comercial da Fibrasil, explica que o baú refrigerado é uma câmara frigorifica rodoviária, projetada e dimensionada de acordo com as características do veículo (camionete ou caminhão) e temperatura de conservação do produto transportado.

“São indicados para produtos perecíveis em geral, que necessitam de temperatura controlada para sua conservação, em toda a cadeia do frio, desde a produção até a entrega na mesa do consumidor. Podem ser pescados, carnes, lácteos, medicamentos, flores, etc.

Baús refrigerados: frescor na mesa de casa
Baús refrigerados: frescor na mesa de casa

O analista de Marketing da Furgão Ibiporã, Dione Lima da Costa, comenta ainda que o sistema de refrigeração de um baú depende de um equipamento externo instalado normalmente na parte superior frontal do furgão, que se divide em duas partes, sendo unidade evaporadora e unidade condensadora.

“A unidade evaporadora trabalha com o vento frio e fica em contato com o interior do baú refrigerado enquanto que a unidade condensadora fica fora do baú pois trabalha com fluido quente e também exala ar quente, realizando a troca de calor. Dentro da unidade condensadora estão o compressor e o condensador. Para que o sistema funcione o compressor deve entrar em movimento a fim de bombear o fluido”, esclarece.

Segundo o analista, os furgões refrigerados podem transportar cargas resfriadas e congeladas, tanto paletizadas quanto penduradas, produtos perecíveis que necessitam serem transportado em temperatura controlada.

Emilio conta que existem dois tipos de implementos nesse segmento, os Isotérmicos e os frigoríficos. O primeiro conta apenas com a isolação térmica, sem aparelho de refrigeração instalado, sem ter o controle da temperatura de conservação do produto.

“Já o frigorífico tem isolação térmica e aparelho de refrigeração instalado, assim, teremos total controle da temperatura de conservação do produto durante o transporte e a perda de temperatura decorrente da carga, descarga e da dispersão térmica do baú, será reposta pelo sistema de refrigeração”, complementa.

Fibrasil
Fibrasil

 

Cuidados no transporte

Quem pensa que é só jogar a carga dentro de um baú refrigerado que está tudo certo, se engana. É necessário que se tome uma série de cuidados para manter os produtos nas condições exatas de transporte. Distribuir a carga corretamente para evitar pontos onde não ocorra a ventilação de ar e troca de calor é um desses cuidados, assim como a higienização do furgão para evitar a contaminação da carga.

Se o baú tem qualidade, a dispersão térmica será pouca em relação ao ambiente externo, ou seja, “perde pouco frio pelos painéis da carroceria, além de baixo custo operacional”, garante Emílio. Além disso, o dimensionamento adequado da refrigeração em relação ao ambiente interno do baú se faz necessário.

Emílio diz que o produto a ser transportado deve estar com temperatura adequada para sua conservação, que varia de acordo com o tipo de produto, pois a refrigeração instalada na carroceria é de manutenção e não de rebaixamento de temperatura. “O projeto e os materiais aplicados na fabricação do baú devem contemplar a fácil higienização do ambiente interno, onde o produto é acondicionado durante o transporte”.

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Alguns pontos que precisam ser observados:

» Evitar Impactos nas laterais do furgão;

» Evitar o uso de produtos corrosivos na lavagem;

» Fazer o reaperto dos grampos do chassi periodicamente.

Vida longa ao baú refrigerado

A durabilidade do implemento é consequência direta da qualidade dos materiais utilizados na fabricação do baú e da refrigeração, visto que há interdependência entre os equipamentos e uma carroceria frigorífica com bom projeto, materiais adequados e alta qualidade propicia menor perda de frio para o ambiente externo. Consequentemente, o aparelho de refrigeração é menos utilizado durante o período de trabalho para a reposição do frio perdido.

Furgão Ibiporã
Furgão Ibiporã

O diretor da Fibrasil recomenda que se façam manutenções preventivas no baú refrigerado e corretivas quando necessárias. “Este procedimento garantirá a performance do baú durante todo o período de trabalho”, diz.

Já o analista da Ibiporã garante ainda que um furgão refrigerado depende de um isolamento adequado das paredes, bem como um equipamento eficiente. “Existem vários modelos de equipamentos e de marcas diversas cada um específico para uma determinada carga”.

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Refrigerado X Carga seca

Dione explica que os produtos isotérmicos e frigoríficos tem revestimento interno em Fibra anti-bacteriana, e externo em fibra ou alumínio corrugado. Possui isolamento térmico com poliuretano injetado com alta pressão.

Segundo Emílio o isolamento térmico e a consequente garantia da temperatura controlada durante o transporte no processo logístico de distribuição dos produtos é um diferencial entre o baú refrigerado e o de carga seca. “É imprescindível a utilização de materiais específicos e nobres, tais como: acessórios em aço Inoxidável, alumínio, laminados de fibra de vidro, poliuretano, etc”, completa.

Ou seja, a qualidade do serviço de transporte de produtos perecíveis está diretamente ligada à qualidade do implemento e aos cuidados do transportador com a carga e seu bem maior, o veículo. Ficando atento a esses requisitos, a qualidade com certeza vai estar presente nas mesas das nossas casas, e isso é o que queremos.

 

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