
Em 2020, em Tóquio, capital do Japão, ocorrerá os jogos olímpicos e paraolímpicos, e as medalhas que os atletas receberão serão criadas com lixo eletrônico.
Sim, os japoneses desenvolveram um hábito que deveria ser reproduzido por todos. No Japão, os resíduos eletrônicos se transformam, tudo é reutilizado. É o país que mais recicla esse tipo de resíduo no mundo todo. Quase tudo é tratado como recurso a ser recuperado. E agindo dessa forma, todos saem ganhando.
Para se ter uma ideia, uma tonelada de celulares velhos renderia 340 gramas de ouro; 3,5 quilos de prata; 130 quilos de cobre; e 140 gramas de paládio. Vendo por esse ângulo, podemos afirmar que é um mercado em crescimento, e quanto mais investirmos em tecnologias para a reciclagem dos componentes eletrônicos, mais alcançaremos um planeta sustentável.
A previsão é que, em 2050, o lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo, alcance 120 milhões de toneladas por ano. Um quantitativo a ser considerado já que o lixo eletrônico possui diversos contaminantes nocivos ao meio ambiente e a saúde.
Benefícios econômicos e ambientais
Atualmente, no Brasil, produzimos 1,5 toneladas de lixo eletrônico por ano. No mundo todo esse número chega a 50 milhões de toneladas, e apenas 20% desse total é reciclado. O tema reciclagem tem um enorme potencial de mercado, o que pode gerar impacto positivo na economia com a criação de indústrias, de empregos, novos produtos, desenvolvendo e estruturando a coleta e reciclagem de produtos eletrônicos, evitando assim que esses produtos sejam despejados nos rios e aterros, expondo trabalhadores a substancias cancerígenas como mercúrio, chumbo e cádmio, contaminando o solo e o lençol freático, colocando em risco os recursos hídricos.
Portanto, os recursos não devem ser extraídos, usados e descartados, a urgência para a sobrevivência do nosso planeta é que esses recursos sejam reutilizados de maneira que minimize os impactos ambientais.
Além dos impactos a saúde e poluição, se não fizermos uma gestão consciente do lixo eletrônico, teremos uma perda de materiais brutos valiosos e escassos, como cobalto, platina e ouro.
Um curiosidade: dos países emergentes, o Brasil é o que mais gera lixo eletrônico. Anualmente, o país descarta 97 mil toneladas de computadores, 2,2 mil toneladas de celulares, 17,2 mil toneladas de impressoras.
E como evitar que todo esse lixo eletrônico polua o nosso meio ambiente? Vamos nos inspirar nos japoneses. Vamos fazer a coleta seletiva em casa, no trabalho, nas escolas. Todo o lixo eletrônico precisa ser descartado em locais apropriados e separado dos resíduos orgânicos e de outros materiais recicláveis como o papel, plástico, vidro, entre outros.
Leve seus celulares velhos e baterias usadas nas empresas de telefonia celular. Elas irão encaminhar esses resíduos para locais apropriados.
Se ainda tiver equipamentos em condições de uso, por que não doá-los a entidades que atuam na área de inclusão digital. Evita o descarte e contaminação ao meio ambiente e de quebra pode ajudar uma pessoa que necessite.