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Será que vale a pena alugar um VUC para trabalhar?

Será que vale a pena alugar um VUC para trabalhar?

Assinatura de VUCs: Por que comprar, se você pode alugar? Será que vale a pena alugar um VUC para trabalhar?

Um setor em profunda transformação. Assim é o mercado de transportes urbanos de carga. A pressão por entregas mais rápidas, a necessidade de reduzir custos e as metas de sustentabilidade estão impulsionando empresas e motoristas a buscarem novas soluções para manter suas operações competitivas.

Novas soluções são sempre bem-vindas, e um modelo que vem ganhando força no Brasil é o da locação de veículos em contratos de médio e longo prazo – uma espécie de “assinatura” que promete previsibilidade de custos, frota sempre atualizada e menos preocupação com manutenção e documentação.

Para os motoristas que atuam nas cidades, especialmente os que prestam serviço a grandes empresas, o modelo pode representar um alívio diante do aumento dos preços dos veículos novos e taxas de financiamento.

Em vez de comprar um caminhão ou utilitário leve, o cliente paga uma mensalidade fixa e recebe o veículo pronto para operar, com manutenção, documentação e seguro incluídos. A lógica é semelhante à que já existe em carros de passeio, mas adaptada às necessidades do transportor urbano.

Addiante aposta em contratos de longo prazo

Uma das empresas que oferece esse serviço é a Addiante, por meio de um modelo bem simples: “A contratante paga uma mensalidade fixa, que já inclui o uso do veículo, manutenção preventiva e corretiva, documentação e suporte durante todo o período de contrato. É uma solução prática e previsível, que facilita o planejamento financeiro da operação”, diz Daniel Machado, COO da companhia,

O portfólio da Addiante foi desenhado para atender operações muito variadas, desde o pequeno comércio até redes varejistas e indústrias que dependem de entregas diárias. Entre os modelos oferecidos estão Mercedes-Benz Accelo 817 e Iveco Daily 30-160, em versões baú, baú frigorífico, sider, carga seca, entre outros.

Será que vale a pena alugar um VUC para trabalhar?

Também há opções com motorização elétrica, voltadas a centros urbanos e operações com foco em ESG. “Temos visto boa procura dos modelos elétricos, principalmente por grandes empresas com metas claras de redução de emissões e que querem antecipar a transição energética em suas frotas”, afirma Machado.

O serviço é voltado a pessoas jurídicas, atendendo desde pequenas empresas até grandes corporações. O contrato mínimo é de 36 meses, o que garante ao cliente previsibilidade de custos e acesso a veículos zero quilômetro.

“Durante a negociação entendemos a aplicação e entregamos o veículo com o implemento ideal, seja ele um baú frigorífico, carga seca, sider, entre outros. Tudo isso faz parte do pacote de locação”, explica. Além disso, todos os veículos locados pela Addiante contam com cobertura securitária, que traz mais tranquilidade para o cliente em caso de sinistros, roubo, furto ou danos a terceiros.

“A principal diferença da locação é justamente não se tratar de um financiamento. O cliente paga uma mensalidade fixa pelo uso do veículo, sem entrada, sem parcelas intermediárias e sem os encargos e obrigações de um financiamento tradicional. Isso torna a gestão financeira mais simples, flexível e com menor impacto no fluxo de caixa”, completa Machado.

VAMOS oferece flexibilidade e opções de seminovos

Outra empresa do setor é a VAMOS, especializada na locação de caminhões leves, pesados, máquinas e equipamentos. Sua aposta é um modelo consultivo, com propostas personalizadas para cada tipo de operação logística.

“A locação na VAMOS é um processo flexível, adaptado à demanda de cada cliente”, afirma José Geraldo Júnior, diretor executivo comercial da companhia. “Com um portfólio diversificado e multimarcas, oferecemos soluções sob medida para diferentes setores, permitindo que o cliente tenha à disposição a frota ideal para cada operação, com benefícios reais, tanto financeiros quanto operacionais.”

O processo começa com a identificação das necessidades do cliente – tipo de veículo, prazos, características da operação. Com base nessas informações, a VAMOS monta uma proposta com valores e serviços incluídos. Após a aprovação de crédito e assinatura do contrato, os veículos são entregues prontos para uso.

“Nosso modelo de negócios é baseado em soluções personalizadas de locação de médio e longo prazo, a partir de 24 meses, voltadas para frotas. Essa abordagem permite que as empresas reduzam seus custos operacionais e aumentem a produtividade e eficiência”, explica o executivo.

A empresa também disponibiliza o aluguel de veículos seminovos, no programa Sempre Novo, para clientes que não necessitam de um caminhão zero quilômetro ou de contratos mais longos. Esses ativos passam por análise técnica e reforma para garantir qualidade, baixa quilometragem e aplicabilidade em diversos setores. “É uma alternativa para quem precisa de um caminhão em ótimo estado, mas quer custos mais acessíveis e prazos mais curtos”, diz José Geraldo.

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Ambas as empresas oferecem planos de locação personalizados, que podem incluir desde serviços básicos – como emplacamento, IPVA, CRLV, gestão de multas e atendimento 24h – até pacotes mais completos, com manutenção preventiva, corretiva, troca de pneus, guincho 24h, telemetria, neutralização de emissões de carbono e treinamento de condutores.

A manutenção é realizada em rede de oficinas credenciadas espalhadas pelo país. “Basta o cliente entrar em contato para agendar o serviço e indicamos a oficina mais próxima. Todo o suporte é coordenado pela nossa equipe técnica, garantindo agilidade e qualidade”, explica Geraldo.

Sustentabilidade e novas tecnologias

De olho na preservação do meio ambiente, a VAMOS oferece caminhões e VUCs elétricos para aluguel, especialmente usados em entregas urbanas de e-commerce, além de extrapesados movidos a biogás. A empresa também permite a neutralização de emissões via crédito de carbono, serviço que pode ser adicionado a qualquer locação a combustão. “Cada vez mais os clientes buscam alternativas para reduzir seu impacto ambiental, e nossa missão é oferecer opções viáveis e flexíveis para isso”, diz José Geraldo.

Na Addiante, a procura por modelos elétricos também cresce, mas ainda é concentrada em grandes empresas. “Temos tido uma boa procura, especialmente por parte de empresas que já têm metas claras de redução de emissões e querem antecipar a transição energética em suas frotas”, afirma Machado.

Impacto para motoristas e empresas

Para os motoristas que atuam no transporte urbano, as vantagens são claras: menos preocupação com manutenção, documentação e seguro; acesso a veículos novos ou seminovos prontos para operação; e previsibilidade de custos.

Para empresas e embarcadores, o modelo também elimina a necessidade de imobilizar capital na compra de frota, liberando recursos para outras áreas do negócio. Segundo as empresas, a economia pode chegar a 30% quando comparada à aquisição tradicional, dependendo do perfil de operação.

O desafio, no entanto, é que o modelo ainda está restrito a pessoas jurídicas. No caso da VAMOS, os motoristas autônomos têm acesso apenas à venda de caminhões revisados nas lojas Seminovos.

“É uma forma de atender também quem trabalha por conta própria, com veículos de procedência e ótimas condições”, explica José Geraldo. Já a Addiante ainda não oferece contratos para autônomos, mas acompanha o mercado de perto.

Apesar disso, o formato aponta para uma tendência de profissionalização e flexibilização na distribuição. Para os motoristas que trabalham vinculados a empresas, a assinatura pode representar uma oportunidade de operar veículos mais modernos e seguros, sem os riscos e custos da propriedade. Para os embarcadores, significa mais eficiência e menos preocupações operacionais.

Um mercado em expansão

Com o crescimento do e-commerce, a demanda por entregas urbanas explodiu nos últimos anos, especialmente nas grandes cidades. A locação em modelo de assinatura surge como uma solução que combina flexibilidade, custo previsível e sustentabilidade, respondendo às novas exigências do setor.

O movimento já é visível nas frotas. “Cada vez mais vemos empresas optando pela locação como forma de manter sua frota atualizada, sem imobilizar capital e com suporte completo. É uma tendência que deve se consolidar no Brasil, assim como já aconteceu em outros mercados”, afirma Machado.

Geraldo reforça: “O modelo de locação apresenta uma série de vantagens quando comparado ao modelo tradicional de aquisição. Quase sempre, ao optar por alocar tempo e recursos financeiros para outros investimentos estratégicos e deixar que cuidemos da frota, a empresa ganha eficiência e reduz custos.”

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