O volante é o principal ponto de contato entre motorista e veículo, transmitindo informações sobre a interação das rodas com o asfalto e permitindo o controle preciso da trajetória. Para que essa comunicação seja eficaz, o sistema de direção deve estar devidamente alinhado, garantindo que as rodas mantenham a posição correta. Quando o alinhamento é perdido, surgem problemas que comprometem não apenas o conforto e a eficiência, mas também a segurança na condução.
De acordo com o supervisor de treinamento técnico da DRiV™, Juliano Caretta, o desalinhamento do volante é identificado visualmente quando, para seguir em linha reta, o condutor precisa mantê-lo levemente inclinado para a direita ou para a esquerda. Em outras situações, o veículo pode “puxar” para um dos lados, exigindo constante correção na direção. Mesmo quando não há esse desvio perceptível, um volante torto pode indicar problemas no alinhamento das rodas.
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As causas do desalinhamento variam desde o desgaste irregular dos pneus até falhas em componentes como a caixa de direção. O problema também pode surgir após impactos com buracos ou guias, comuns nas vias brasileiras. Em alguns casos, a solução pode ser simples, como calibrar corretamente os pneus, mas em outros será necessária a inspeção de um profissional especializado.
Ignorar essa condição pode resultar em danos a diversos elementos da suspensão e direção. O esforço adicional sobre os componentes pode gerar folgas em terminais de direção, desgaste precoce de buchas e pivôs, além de afetar amortecedores e a própria caixa de direção. Pneus desalinhados sofrem desgaste irregular, reduzindo sua vida útil e comprometendo a aderência. Em situações de velocidade elevada ou manobras de emergência, o risco de instabilidade e perda de controle aumenta.
A manutenção preventiva é a principal forma de evitar o desalinhamento. Procedimentos como o alinhamento de direção e o balanceamento das rodas, de baixo custo e execução rápida, ajudam a preservar a integridade do sistema. Também é importante manter a pressão correta dos pneus e substituí-los no momento adequado para evitar desgastes que possam interferir na geometria do veículo.
Caretta alerta que muitos condutores minimizam o problema ao considerá-lo apenas um desconforto estético. No entanto, um volante desalinhado é um sintoma de que algo está fora do padrão mecânico do veículo. Quando negligenciado, pode evoluir para falhas mais graves, elevando o custo de reparo e comprometendo a segurança.
Para manter a dirigibilidade e a segurança, recomenda-se realizar inspeções periódicas no sistema de suspensão e direção, especialmente após impactos fortes ou mudanças perceptíveis no comportamento do veículo. A correção imediata de desalinhamentos é fundamental para evitar que problemas simples se tornem danos estruturais de maior gravidade.