A ZF Friedrichshafen AG avança na implementação da tecnologia Steer-By-Wire com o início da produção em série para a Mercedes-Benz a partir de 2026. A iniciativa representa um marco no desenvolvimento de sistemas de direção baseados em software, eliminando a conexão mecânica entre o volante e as rodas. Essa solução permite maior precisão, estabilidade e integração com funções autônomas de nível 4 e superiores.
O Steer-By-Wire substitui o eixo de direção tradicional por uma conexão eletrônica, o que amplia significativamente as possibilidades de configuração da relação de direção. O sistema capta o movimento do volante via sensores e os converte em sinais digitais, que são interpretados por um atuador instalado no eixo dianteiro. Um motor elétrico é responsável por simular o feedback tátil da direção.
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Segundo a ZF, a eliminação da conexão física permite a adaptação do sistema a diferentes condições de condução, com relações de direção mais diretas em baixas velocidades e mais suaves em altas velocidades. Essa flexibilidade beneficia tanto o conforto quanto a segurança dos ocupantes. Além disso, a ausência de uma coluna de direção oferece novas possibilidades de design de interiores e posicionamento de componentes.
A tecnologia já está presente no ET9, modelo elétrico da montadora chinesa NIO, sendo este o primeiro veículo de passeio na China com um sistema completo de Steer-By-Wire fornecido pela ZF.
Outro destaque é a combinação do Steer-By-Wire com o conceito EasyTurn, também desenvolvido pela ZF. Esse sistema permite que as rodas dianteiras girem até 80 graus, reduzindo consideravelmente o raio de giro de veículos urbanos e de entrega. Essa funcionalidade é especialmente vantajosa em espaços urbanos apertados, onde manobras mais precisas são exigidas.
A Unidade de Feedback de Torque, parte do sistema Steer-By-Wire, utiliza o conceito Twin Worm, composto por dois acionamentos independentes. Isso garante um controle preciso e redundante, essencial para a segurança funcional (ASIL-D). O controle eletrônico também permite simular sensações táteis de direção via software, dispensando soluções mecânicas complexas.
Com a adoção dessa tecnologia, montadoras passam a contar com um sistema flexível, que pode ser ajustado via software para diferentes modelos, mercados e perfis de condução. Além disso, reduz o tempo e custo de desenvolvimento e montagem de novos veículos.
O sistema também prepara os veículos para as futuras demandas de direção automatizada, incluindo a Direção Automatizada de Emergência (AES), além de modos de condução customizáveis e arquitetura de cockpit mais limpa.