Como parte do plano de investimentos em soluções de mobilidade, a Ford lança em Nova York nova opção de transporte público: as vans sob demanda “Chariot”. A “Big Apple” será a quarta cidade dos Estados Unidos a receber esse modo de transporte diferenciado, depois de São Francisco (Califórnia), Austin (Texas) e Seattle (Washington).
A Ford diz que tem metas arrojadas de expansão do serviço, que deve chegar a mais quatro cidades até o fim do ano, incluindo uma fora dos Estados Unidos.
“Nossa missão é oferecer transporte confiável, seguro e acessível para o maior número possível de usuários, seja para quem precisa fazer conexão com um ponto central ou para quem vive em áreas carentes de transporte público”, diz Ali Vahabzadeh, CEO da Chariot.
A Chariot foi fundada em 2014, em São Francisco, na Califórnia, e adquirida pela Ford em 2016. Ela opera com vans Ford Transit de 15 lugares, que circulam na cidade com rotas definidas a partir da demanda dos passageiros, usando um aplicativo e algoritmos para mapear os caminhos mais eficientes. Seu objetivo é complementar o transporte de massa e preencher as lacunas dos serviços de táxi e ônibus como opção de transporte ponto a ponto.
Em Nova York, o serviço da Chariot vai funcionar em duas regiões: Manhattan e Brooklyn, com preço fixo de US$ 4 por viagem. Seu foco principal é atender quem mora em áreas longe do acesso a transporte público. As rotas e o número de vans em circulação serão alterados de acordo com a necessidade dos passageiros, em um mapa compartilhado. Até o final do ano, a empresa planeja ter 60 veículos em operação na cidade.
De acordo com a Ford, estudos mostram que, para cada van dinâmica colocada em operação, até 25 veículos podem ser retirados das ruas nos horários de pico. Para usar as vans, os passageiros só precisam acessar o aplicativo, encontrar as rotas próximas e reservar um assento.
Também segundo a montadora americana, com o crescimento da população de Nova York, mais pessoas estão usando o transporte público. Em 2016, o número médio de passageiros do metrô nos dias úteis chegou a 5,7 milhões, o maior desde 1948. Além do grande número de passageiros, a falta de transporte público em algumas regiões também dificulta o deslocamento. Em Manhattan, por exemplo, 94% das residências ficam a menos de 1 km de distância de uma estação do metrô, número que em Queens cai para 54%.