Com um aporte de R$ 65,7 milhões, Scania investe em centro logístico para distribuição de peças de reposição na cidade Vinhedo, São Paulo. Dessa forma, a montadora pretende aumentar o número de mercados atendidos a partir do Brasil, além de melhorar a eficiência dos processos e fluxos e preparar o armazém para receber itens relacionados a novos produtos, como, por exemplo, os veículos elétricos.
“Hoje somos responsáveis por abastecer 180 pontos de atendimento no país, somados aos destinos internacionais da Bélgica, África do Sul, América Central e sete Unidades de Negócio da Scania na América do Sul. Com este aporte estamos nos preparando para o futuro, com foco sempre na garantia da disponibilidade para os clientes”, conta Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.
Segundo a Scania, o investimento acontece no mesmo ano em que o centro logístico completa uma década de sua chegada à cidade, de onde pelo ar, mar ou terra – seja para o norte do Brasil, países vizinhos ou do outro lado do Pacífico –, escoa diariamente mais de 42 mil peças para distribuição e/ou armazenamento visando à reposição pós-venda.
No espaço atual ficam disponíveis cerca de 40 mil itens e com a ampliação em 50% da sua capacidade física, passará de 15.000 m2 para 22.500 m2. Essa é a única unidade de negócio de logística e de reposição de peças da Scania no mundo com estrutura semelhante à sua matriz logística, que fica na Bélgica.
“O veículo precisa estar sempre operante e com disponibilidade. O que não pode acontecer ao nosso cliente é faltar peça. A maior lucratividade para ele é não parar”, destacou o executivo, complementando que a cada introdução de novo produto amplia-se esse desafio de ter itens à disposição. “Esta atividade recebe cada vez mais foco estratégico pelas oportunidades de ganhos em eficiência que ela pode trazer”, completou.
Ganhos, aliás, que a tecnologia já permite. É o caso do acompanhamento de dados coletados dos caminhões em tempo real e que tornam possível os serviços de manutenção programados garantindo uma redução do tempo de parada do caminhão de até 30%.
“Por tradição, o negócio de peças de reposição olha pelo retrovisor, conferindo a demanda do passado para planejar o futuro. Mas com os dados a gente consegue antecipar esta necessidade, trabalhar com previsibilidade e garantir maior qualidade e eficiência na distribuição das peças para o cliente”, destacou Ademir Egídio, gerente executivo do centro logístico.
Pietro Nistico Neto, gerente de Desenvolvimento de Rede da Scania Operações Comerciais Brasil, vai além e completa que o local é um dos pilares fundamentais para a experiência do cliente Scania. “Atualmente, estamos com 97,4% de nível de serviço, nosso maior índice da história, o que representa a quantidade de pedidos que chegam para o centro logístico e o quanto a equipe consegue atender de forma imediata. Ou seja, é um patamar altíssimo comparado às grandes redes de varejo online”.
Neto destaca ainda que nos mais de 180 pontos de atendimento da rede Scania no Brasil, distribuídos por todo território nacional, o cliente encontra as peças disponíveis em 93% dos casos. “Facilita e muito para a disponibilidade das frotas dos clientes Scania os mais de 23 mil itens armazenados para pronta entrega em nosso centro logístico. Além disso, a localização privilegiada nos ajuda a ter uma média de dois dias e meio de prazo de entrega, considerando todo o território nacional”.
Outro fator preponderante da importância do centro logístico para o dia a dia da operação das concessionárias é que 60% do estoque da rede é programado com o uso de inteligência artificial. O DSM Scania (sistema global de gestão de estoque de peças das concessionárias) aprende qual o perfil de consumo da Casa Scania, com base no histórico dos clientes da região, e tipos de aplicação comuns de transporte, e faz a reposição automática das peças, eliminando processos manuais e propiciando um maior ganho de escala. É um trabalho integrado entre todos os sistemas operacionais da empresa.
“Os constantes investimentos feitos no centro logístico e a busca diária de melhoria dos processos em parceria, para ganhar mais velocidade nas entregas, têm contribuído para proporcionar a máxima disponibilidade para as frotas dos clientes. Por consequência, os veículos ficarão menos tempo parados, o que vai gerar mais rentabilidade na operação do transporte. Além de suportar de forma assertiva a rede Scania e a nossa área de Serviços”, conclui Neto.
De olho em novos mercados – Além de melhor experiência ao cliente, a partir dessa ampliação do centro logístico de Vinhedo abre-se a oportunidade de atender novos mercados como o México, ainda em estudo. E, também, será possível incorporar a eletrificação para que a unidade de negócios esteja adaptada e assim contribua com a estratégia global da Scania – que projeta até 2030 ter os modelos eletrificados representando mais da metade do seu volume de vendas de veículos novos.
Localização estratégica – Vinhedo se mostrou como ponto estratégico para instalação do centro logístico de distribuição de peças da Scania em razão da proximidade às principais rodovias, como a Anhanguera e Bandeirantes, ao Aeroporto de Viracopos e rápido acesso ao Rodoanel, o que tem impacto na redução no custo e no tempo da entrega de peças para as concessionárias do Brasil e América Latina. “A capilaridade para o deslocamento foi um atrativo fundamental para mudar a operação de São Bernardo do Campo para Vinhedo e com o tempo vimos como a decisão foi acertada, porque estamos perto de Campinas que tem muito potencial logístico e é um polo de tecnologia”, destacou Ademir.
A operação gera hoje 170 vagas de trabalho, sendo 140 diretas e outras 30 indiretas.
Inovação e sustentabilidade
O Centro Logístico de Distribuição de Peças:
✔️ Utiliza o monitoramento de rota pensando no melhor modal (aéreo, rodoviário ou marítimo) nos deslocamentos para distribuição de peças visando à redução de CO2;
✔️ Tem um laboratório que trabalha em soluções inovadoras e de digitalização (LAB LPC), projeto em parceria com profissionais especializados em digitalização da Scania, cujo o objetivo é compartilhar insights e colaborar para a transformação de dados em insumos para os negócios ou para a otimização das operações;
✔️ Usa empilhadeiras elétricas movidas a íon-lítio, aumentando a produtividade com segurança e proporcionando mais ergonomia aos operadores;
✔️ Eliminou em 2022 o uso de Gás GLP;
✔️ Adota a remanufatura de peças usadas que voltam e passam por um processo de triagem. Se aprovadas, são reformadas e retornam ao mercado com a mesma qualidade Scania. Tudo pensado para contribuir com a sustentabilidade do negócio, desde a redução de resíduos até a reciclagem de paletes e embalagens.
LPC em números:
Entrada
✔️ 60% de peças importadas = 7 a 8 contêineres/semanalmente.
✔️ 25% de peças nacionais.
✔️ 15% de peças SBC.
✔️ 200 fornecedores locais.
Saída
✔️ Peso despachado: mais de 1.000 toneladas por mês.
Nacional: 560 toneladas.
Exportação: 440 toneladas.
✔️ Linhas faturadas: 5.500 linhas faturadas por dia.
✔️ 20 Despachos por dia.
✔️ 180 pontos de atendimento no país.
✔️ 7 unidades de negócios na América Latina.