Para reduzir a emissão de poluentes da atmosfera, a YPF adota nova tecnologia de lubrificantes para motor, determinada pela Resolução nº 22 da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A ANP está exigindo novos níveis mínimos de desempenho dos óleos lubrificantes para motores automotivos ciclos Otto e Diesel. Portanto, os lubrificantes API CG-4 e API SJ deixarão de ser comercializados. As especificações mínimas para registro, comercialização, produção ou importação passarão a ser API SL (para veículos Ciclo Otto), API CH-4 (Ciclo Diesel) e ACEA vigente.
Os técnicos da YPF explicam porque a necessidade de lubrificantes com tecnologia mais avançada não somente para a proteção dos motores, como da atmosfera.
Segundo a marca, os motores de veículos pesados são máquinas térmicas que transformam a energia gerada pela combustão do óleo Diesel em movimento. O que significa que o ambiente de trabalho do lubrificante em veículos como ônibus, caminhões e off-roads, entre outros, tem como princípio o calor e o movimento.
O movimento das peças internas do motor – pistões e camisas, bronzinas e virabrequim, comandos de válvulas, balancins e tuchos – exige que o lubrificante seja fluido e esteja na viscosidade correta para circular com facilidade e ocupar os espaços entre as superfícies, evitando o atrito e desgaste.
O calor, por sua vez, requer do lubrificante resistência adequada às alterações causadas pelo aumento da temperatura. A principal delas é a alteração na sua viscosidade. A alta temperatura fará com que viscosidade seja insuficiente para a lubrificação do motor e uma manhã fria de inverno bastará para que ela suba inaceitavelmente acima do ideal. A tecnologia atual permite a formulação de óleos lubrificantes denominados multiviscosos, que tem a propriedade de não variar radicalmente sua viscosidade frente às mudanças de temperatura.
A conscientização dos fabricantes de motores de que o uso do óleo lubrificante adequado pode solucionar diversos problemas do motor deu origem ao que conhecemos como “nível de qualidade” ou “Especificação”. É a partir desse conceito que o óleo lubrificante é classificado segundo sua capacidade de contribuir para um funcionamento mais confiável do motor.
Evolução dos motores a diesel- Nos últimos anos, porém, a necessidade de acompanhar a evolução dos motores, exigiu também que os fabricantes de lubrificantes se dedicassem ao desenvolvimento de tecnologias que, também, restringissem suas emissões que prejudicam o meio ambiente.
As emissões dos motores a Diesel que afetam a atmosfera são produzidas por duas situações diferentes. A primeira é o combustível que não queima totalmente, gerando fuligem e a segunda é a alteração do nitrogênio para óxido de nitrogênio, nocivo à saúde.
É muito difícil para o motor controlar estes dois tipos de emissões simultaneamente, pois as altas temperaturas operacionais eliminam o problema da fuligem, mas pioram a geração de óxidos de nitrogênio. Em contrapartida, o motor trabalhando a frio, em regime intermitente, reduz o problema da formação de óxidos de nitrogênio, mas favorece a geração de fuligem. Simplicando, seria mais ou menos como o problema do cobertor curto: quando se cobrem os pés, se descobrem os braços e vice-versa.
A solução foi incorporar aos motores os “sistemas de pós-tratamento de gases” – “pós”, gases gerados depois da combustão e “tratamento”, a atuação química para transformá-los em gases inofensivos.
Entre estes sistemas estão os catalisadores que completam a combustão do que não foi completamente queimado e retiram o oxigênio dos óxidos de nitrogênio para devolvê-lo ao seu estado original de nitrogênio atmosférico.
Por outro lado, existem os filtros de partículas que retêm a fuligem e terminam de queimá-las. Dessa forma, o que o escapamento do veículo movido a Diesel moderno elimina é muito próximo de uma perfeita combustão: dióxido de carbono e água – que, como curiosidade, são os componentes da água mineral com gás.
Os sistemas de pós-tratamento, entretanto, não dispensam uma lubrificação específica. Os catalisadores e os filtros de partículas (DPF), que juntos formam o sistema de pós-tratamento, não podem funcionar a menos que sejam utilizados lubrificantes de alta tecnologia. Lembrando que o combustível Diesel também deverá ser de boa qualidade com baixos teores de enxofre.
Resolver esta equação tem sido o desafio da indústria automobilística em conjunto com os fabricantes de lubrificantes. É necessário desenvolver componentes totalmente novos e inovadores nas fórmulas para obter o melhor desempenho em todos os aspectos que afetam o bom funcionamento do motor sem prejudicar os sistemas de pós-tratamento.
Os melhores lubrificantes atuais apresentam o nível de qualidade API designado pelo Instituto Americano de Petróleo como API CJ-4, que supera os níveis anteriores CI-4 Plus e CI-4, uma vez que são compatíveis com o sistema de pós-tratamento. As especificações dos fabricantes europeus ACEA E9 e E6, também se referem aos lubrificantes compatíveis com o sistema de pós-tratamento.
Neste sentido, a Resolução nº 22 da ANP que determina novos níveis mínimos de desempenho dos óleos lubrificantes para motores automotivos ciclos Otto e Diesel, no Brasil, beneficiam o consumidor e alinham o país no esforço mundial da preservação atmosférica.
Mais informações: www.ypf.com.br